Mulheres com histórico de ciclos menstruais irregulares podem ter maior risco de desenvolver doença cardíaca, segundo um estudo feito University Medical Center, da Holanda e publicado este mês na revista Fertility and Sterility.
Acompanhando, por uma década, mais de 23 mil mulheres, os pesquisadores descobriram que aquelas que apresentaram menstruação irregular no passado eram 28% mais propensas a ter doenças cardíacas do que aquelas que relatavam ciclos menstruais regulares mensais, mesmo que fosse regularmente mais longos (30 ou mais dias) ou sempre mais curtos (26 dias ou menos) que a média.
Os pesquisadores destacam que, apesar de os resultados terem demonstrado um risco relativamente mais alto para aquelas com menstruação irregular, a grande maioria dessas mulheres não desenvolveram doença cardíaca durante o estudo. De 4 mil participantes com menstruação irregular, apenas 150 foram diagnosticadas com doença coronariana cardíaca no período. E, entre 17 mil com a menstruação regular (entre 27 e 29 dias), 530 mulheres tiveram a doença.
Segundo especialistas, mulheres que apresentam uma condição chamada síndrome dos ovários policísticos - associada à menstruação irregular, ou até falta dela - têm alto risco de doença cardíaca e diabetes tipo 2. Mas o novo estudo mostra que, mesmo sem a doença ovariana, aquelas que apresentam irregularidades na menstruação têm maior risco cardíaco.
As razões dessa relação ainda não estão claras, necessitando de mais pesquisas para confirmação. Entretanto, a pesquisa revelou que os níveis hormonais - assim como peso, pressão alta e colesterol alto - não ajudariam a explicar a relação entre menstruação irregular e risco cardíaco.
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